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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE O PENSAMENTO

          


          O pensamento é a linguagem universal. A criação mental é quase tudo em nossa vida.

         O pensamento é a base das relações espirituais dos seres entre si, mas não olvidemos que somo milhões de almas dentro do universo, algo insubmissas ainda às leis universais. Não somos, por enquanto, comparáveis aos  irmãos mais velhos e mais sábios, próximo do Divino, mas milhões de entidades a viverem nos caprichosos ‘mundos inferiores’ do nosso ‘eu’. Os grandes instrutores da humanidade carnal ensinam princípios divinos, expõem verdades eternas e profundas, nos círculos do globo. Em geral, porém, nas atividades terrenas, recebemos notícias dessas leis sem nos submetermos a elas, e tomamos conhecimento dessas verdades sem lhes consagrarmos nossas vidas.

         Será crível que, somente por admitir o poder do pensamento, ficasse o homem liberto de toda a condição inferior? Impossível!

         Uma existência secular, na carne terrestre, representa período demasiadamente curto para aspirarmos à posição de cooperadores essencialmente divinos. Informamo-nos a respeito da força mental no aprendizado mundano, mas esquecemos que toda a nossa energia, nesse particular, tem sido empregada por nós, em milênios sucessivos, nas criações mentais destrutivas ou prejudiciais a nós mesmos.

         Somos admitidos aos cursos de espiritualização nas diversas escolas religiosas do mundo, mas com frequência agimos exclusivamente no terreno das afirmativas verbais. Ninguém, todavia, atenderá ao dever apenas com palavras. Ensina a Bíblia que o próprio Senhor da Vida não estacionou no verbo e continuou o trabalho criativo na ação.

        Todos sabemos que o pensamento é a força essencial, mas não admitimos nossa milenária viciação no desvio dessa força.

        (...) Uma ideia criminosa produzirá gerações mentais da mesma natureza; um princípio elevado obedecerá à mesma lei. (...)

        O pensamento é força viva, em toda parte; é atmosfera criadora que envolve o Pai e os filhos, a causa e os efeitos, no Lar Universal. Nele, transformam-se homens em anjos, a caminho do Céu, ou se fazem gênios diabólicos, a caminho do inferno.

        (...) Nas mentes envolvidas, entre os desencarnados e encarnados, basta o
intercâmbio mental sem necessidade de formas, e é justo destacar que o pensamento em si é a base de todas as mensagens silenciosas da ideia, nos maravilhosos planos da intuição, entre os seres de toda espécie. Dentro desse princípio, o espírito que haja vivido exclusivamente em França poderá comunicar-se no Brasil, pensamento a pensamento, prescindindo de forma verbalista especial, que, nesse caso, será sempre a do receptor, mas isso também exige a afinidade pura. Não estamos, porém, nas esferas  de absoluta pureza mental, onde todas as criaturas tem afinidade entre si. Afinamo-nos uns com os outros, em núcleos insulados, e somos compelidos a prosseguir nas construções transitórias da Terra, a fim de regressar aos círculos planetários com maior bagagem evolutiva.

       Quando numerosas almas se congregam no círculo de tal ou qual atividade, seus pensamentos se entrelaçam, formando núcleos de força viva, pelos quais cada um recebe seu quinhão de alegria ou sofrimento, da vibração geral. É por essa razão que, no planeta, o problema do ambiente é sempre fator ponderável no caminho de cada homem. Cada criatura viverá daquilo que cultiva. Quem se oferece diariamente à tristeza nela se movimentará; quem enaltece a enfermidade sofrer-lhe-á o dano. 

        É lei da vida, tanto nos esforços  do bem como nos movimentos do mal. Das reuniões de fraternidade, de esperança, de amor e de alegria, sairemos com a fraternidade, a esperança, o amor e a alegria de todos; porém, de toda assembleia de tendência inferiores, em que predominam o egoísmo, a vaidade ou o crime, sairemos envenenados com as vibrações destrutivas desses sentimentos.

        Igualmente, os princípios que regem a vida nos lares humanos. Quando há compreensão recíproca, vivemos na antecâmara da ventura celeste, e, se permanecemos em desentendimento e maldade, temos o inferno vivo.   

       Compreendamos a grandiosidade das leis do pensamento e submetamos-nos a elas, desde de hoje.   

       O campo das ideias é igualmente campo de luta. Toda luz que acendermos, de fato, na Terra, lá ficará para sempre, porque a ventania das paixões humanas jamais apagará uma só das luzes de Deus.

      (...) Nossa zona mental é campo de batalha incessante. É preciso aniquilar o mal e a treva dentro de nós mesmos, surpreendê-los no reduto a que se recolhem, sem lhes dar a importância que exigem.

      Dentro do nosso mundo individual, cada ideia é como se fora uma entidade à parte... É necessário pensar nisso. Nutrindo os elementos do bem, progredirão eles para nossa felicidade, constituirão nossos exércitos de defesa; todavia, alimentar quaisquer elementos do mal é construir base segura para os nossos próprios verdugos.  



Fonte: Livro Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Chico Xavier. Cap. 37 , 44  e 47. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

PRECE À MÃE TERRA

Deus, Pai e Mãe Universal, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Agradecemos por nos conceder uma morada de acordo com nosso estágio evolutivo, filhos imperfeitos que ainda somos, nos permitistes habitar este amado planeta Terra, que nos acolhe atualmente neste vasto universo de imensuráveis belezas, ainda incompreendidos para nossa mente.  Temos tanto a te agradecer por nos acolher como uma mãe incomparável em sua paciência, mas que também carrega as suas necessidades evolutivas, como nós os teus filhos em longa caminhada de progresso pelo infinito Universo.

Mãe Terra, quantas belezas carregas e como filhos ingratos te afetamos fisicamente e espiritualmente. Que nossa consciência se volte para a preservação da natureza, em variados aspecto, seja plantando uma árvore, ou descartando o lixo corretamente,  ou diminuindo o uso de reciclados, ou reciclando... Que comecemos a emanar pensamentos positivos e de amor, para iluminar este planeta amado espiritualmente, e para que os seres de luz possam nos auxiliar com mais facilidade...

Um dia partiremos deste Planeta Azul, mas carregaremos o amor e o conhecimento em diferentes graus que esta Mãe Terra nos ensinou e estimulou os nossos potenciais, no nosso despertar para a luz.  



Escrito pelo Jardim Espírita. 



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A CORRENTE MÉDICA DE DR. BEZERRA DE MENEZES

Explicação
           Encontramos no livro Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz, Psicografia de Chico Xavier. A informação de que Dr. Bezerra de Menezes coordena uma equipe de espíritos benfeitores para ajudar no auxilio aos doentes, seja nas instituições espíritas, ou nas casas que são chamados, espíritas ou não. A informação está no capitulo 11 do livro Ação e Reação. Dr. Bezerra de Menezes depois de desencarnado, fez jus à sua formação, e coordena extensa equipe de colaboradores que lhe servem à bandeira da caridade. Centenas de Espíritos Estudiosos e Benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele em nome do Cristo. Desse modo, é fácil compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo. Um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes, invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espíritas ou não espíritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por intermédio dos espíritos benfeitores que o representam com extrema fidelidade.




O Tratamento
           Se você ou alguém da sua família, ou amigo está doente, peça a ajuda de Dr. Bezerra de Menezes e sua equipe médica espiritual, para que receba o tratamento, fazendo a prece e bebendo a água fluidificada. Este trabalho abnegado é realizado por meio da fluidificação de água, pela equipe benfeitora de Dr. Bezerra de Menezes. Mas não esqueçam e não abandonem o tratamento médico convencional. Pois, ciência e espiritualidade caminham juntas, um ajuda o outro.

          O tratamento é feito da seguinte forma:

  • A corrente médica do Dr. Bezerra de Menezes passa nos lares onde é solicitado nas noites de segundas feiras, quartas feiras e sextas feiras.


  • Pegue uma garrafa de água de 500ml.


  • Escreva em um papel os problemas de saúde que estão lhe preocupando e faça uma oração com muita fé pedindo a cura. E pode  realizar também a Oração a Bezerra de Menezes


  • Coloque a garrafinha com água perto da cama.


  • E faça o seguinte pedido, com muita fé: Que a corrente médica de Dr. Bezerra de Menezes coloque nessa água o remédio necessário para o equilíbrio do meu corpo e da minha alma.”

  • Na manhã seguinte, tome três goles dessa água antes de colocar os pés no chão. O restante, passe no local onde você estiver com o problema de saúde (exemplo: perna, pé, braço, mão, cabeça...).


Mas lembrem-se de pedir a ajuda e de fazer o tratamento com responsabilidade e consciência. 


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Dr. BEZERRA DE MENEZES

          


         Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, mais conhecido como Dr. Bezerra de Menezes. Nasceu em 29 de agosto de 1831, na fazenda Santa Bárbara, no lugar chamado Riacho das Pedras, município cearense de Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, estado do ceará. E desencarnou na cidade do Rio de Janeiro – RJ, em 11 de abril de 1900, com 68 anos de idade. Bezerra de Menezes foi médico, militar, escritor, jornalista, político, filantropo e expoente do Espiritismo. Sendo também conhecido como O Médico dos Pobres.

        Os seus pais eram Antônio Bezerra de Menezes, capitão das antigas milícias e tenente-coronel da Guarda Nacional,  desencarnou em Maraguape, em 29 de setembro de 1851, de febre amarela. E a mãe de bezerra chamava-se Fabiana de Jesus Maria bezerra, era senhora do lar, nascida em 29 de setembro de 1791, desencarnou em Fortaleza, aos 91 anos de idade, perfeitamente lúcida, em 5 de agosto de 1882.

        Em 1838, Adolfo com sete anos de idade, ingressou na escola publica da Vila do Frade (adjacente ao Riacho do Sangue, atual Jaguaretama) onde, em dez meses aprendeu os princípios da educação elementar, a ler, a escrever e fazer contas simples.

        No ano de 1842, a sua família mudou-se para a antiga Vila de Maioridade (Serra dos Martins), no Rio Grande do Norte, por consequência de perseguições políticas e dificuldades financeiras. Lá na Serra dos Martins, Bezerra de Menezes com 11 anos foi matriculado na aula pública de latim, aprendendo o idioma em dois anos, e passou a substituir o professor em classe, em suas faltas.


       Em 1846, a família voltou para o Ceará, fixando residência em Fortaleza. Adolfo foi matriculado no Tradicional Liceu, que era dirigido pelo seu irmão mais velho, o Dr. Manoel Soares da Silva Bezerra. Lá concluiu os estudos preparatórios, destacou-se entre os primeiros alunos.

       Bezerra queria torna-se médico, e não advogado como os irmãos. Mas, não havia faculdade de medicina no Nordeste, o curso de medicina era na sede da Corte, a cidade do Rio de Janeiro; e o seu pai enfrentava dificuldades financeiras e não tinha como custear a viagem, no entanto, os parentes se sensibilizaram e contribuíram com 400 mil réis para pagar a sua viagem para o Rio de Janeiro.

       Foi assim que no ano do falecimento de seu pai, em 1851, que Adolfo pegou o navio e mudou-se para a então sede do império para cursar medicina, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Foto do Monumento em Homenagem a Dr Bezerra de Menezes,
no local onde ficava sua residência em Riacho do Sangue -CE,
hoje Jaguaretama. (Fonte desta imagem e informação do blog
Iluminado Guia Bezerra de Menezes)
        Em novembro de 1852, com 21 anos de idade, ingressou como residente no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Para prover os seus estudos, dava aulas particulares de filosofia e matemática.

        Em 1856, graduou-se, com a defesa da tese: “Diagnóstico do Cancro”. Nessa
altura abandonou o ultimo patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. Neste mesmo ano, o Governo Imperial decretou a reforma do corpo de Saúde do Exército Brasileiro, e nomeou para chefia-lo como Cirurgião-Mor, o Dr. Manuel Feliciano Pereira Carvalho, que foi professor de Bezerra, que convidou Bezerra para trabalhar como seu assistente. Com o emprego remunerado estável, começou o caminho do Médico dos Pobres, pois Bezerra não esqueceu dos necessitados. Isto porque antes de ingressar no Exército, Bezerra e um colega de faculdade que tinha condição financeira, entraram em acordo para abrirem um consultório em uma sala no centro comercial do Rio de Janeiro. Mas, quase não tinha pacientes. Mas a casa onde bezerra morava ficava repleta de doentes, então começou a atender gratuitamente os membros da família e depois aos domingos. Sua fama correu pelo bairro e os pacientes apareciam; mas ninguém pagava, pois eram pobres e dinheiro nunca foi mencionado. Assim, Bezerra continuava atendendo aqueles que não podiam pagar. O consultório do centro da cidade começou a ficar movimentado, também com clientes que pagavam, mas o dinheiro que recebia no consultório era gasto com os pobres em remédios, roupas e auxilio em dinheiro.
Em 27 de abril de 1857 candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória “algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento”. O acadêmico José Pereira Rego leu o parecer na sessão de 11 de maio, tendo a eleição transcorrido em 18 de maio, e a posse em 1 de junho de 1857.  E neste mesmo ano, passou a colaborar na “Revista da Sociedade Físico-Química”.


        No ano de 1858 candidatou-se a uma vaga de substituto da Seção de Cirurgia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Saindo neste ano a sua nomeação oficial como assistente do Corpo de Saúde do Exército, no posto de Cirurgião-Tenente. Ainda no ano de 1858, com a vida mais organizada, casou-se em 6 de novembro, com Maria Cândida Lacerda, com quem teve dois filhos.

Primeira Esposa de Dr. Bezerra de Menezes,
Maria Cândida.
 
        Nesta época, tinha posição social: além de médico, era jornalista, escrevendo para os principais jornais da cidade; no meio militar era muito respeitado. Não demorou muito até que lhe oferecessem um lugar na chapa de um partido para as eleições do Poder Legislativo. Sua esposa Dona Maria, foi uma das maiores incentivadoras da candidatura de Bezerra de Menezes. Os moradores de São Cristovão, bairro onde morava e clinicava, também queriam tê-lo como representante na Câmara Municipal.

       Foi assim  que em 1860 foi eleito por um grupo de São Cristovão. Tendo havido uma tentativa de impugnar seu diploma sob o pretexto de que um militar não poderia ser eleito. Levando Bezerra a ter que escolher entre a carreira militar ou a política. Segundo os conselhos de sua esposa, escolheu a vida política, renunciando à patente militar.

       No período de 1859 a 1861 exerceu a função de redator dos Anais Brasilienses de Medicina, periódico da Academia Imperial de Medicina.

       Em 24 de março de 1863, a sua esposa Maria Cândida de Lacerda, desencarnou. Depois de uma doença rápida e repentina, que a levou ao falecimento em menos de vinte dias. Deixando o marido com dois filhos, um de três anos e outro com um ano de idade. Com o desencarne da esposa buscou consolação na Bíblia, que passou a ler com frequência.



        No ano de 1864, Bezerra foi reeleito vereador.

        Em 21 de janeiro de 1865, casou novamente com Cândida Augusta de Lacerda Machado, que era irmã materna de sua primeira esposa, e que cuidava de seus filhos até então. Teve sete filhos com ela, e permaneceram casados até a morte.
Já em franca atividade médica, Bezerra de Menezes demonstrava o grande coração que iria semear, até o fim do século, sobretudo entre os menos favorecidos financeiramente, o carinho, a dedicação e o alto valor profissional.

Cândida Augusta, segunda esposa de Dr. Bezerra de Menezes
       Em 1867, dando continuidade a sua carreira política, foi eleito deputado-geral (que corresponde atualmente a deputado federal) pelo Rio de Janeiro, apesar da oposição de outros políticos. Empossado em 1867, a câmara dos deputados foi dissolvida no ano seguinte, em 1868, devido à ascensão do Partido Conservador.

        Afastado temporariamente da política, dedicou-se ao empreendedorismo. Em 1870, foi sócio fundador da Companhia Estrada de Ferro Macaé e Campos, na província do Rio de Janeiro. No ano de 1872, empenhou-se na construção da Estrada de Ferro Santo Antônio de Pádua, que pretendia estendê-la até ao Rio Doce, mas não conseguiu concretizar. Foi um dos diretores da Companhia Arquitetônica de Vila Isabel, fundada em Outubro de 1873, por João Batista Viana Drummond, para empreender a urbanização do bairro de Vila Isabel.

        Em 1875, foi presidente da Companhia Ferro-Carril de São Cristovão, período em que os trilhos da empresa alcançaram os bairros do Caju e da Tijuca.

       Em meio a sua carreira empresarial, retornando à política entre aos anos de 1873 a 1885, como vereador , e ocupando varias vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal, efetivando-se em julho de 1878, cargo que corresponderia atualmente ao de prefeito.

       Foi eleito deputado geral pela Província do Rio de Janeiro no período de 1877 a 1885, ano em que encerrou a sua carreira política. Neste período acumulou o exercício da presidência da câmara e do Poder Executivo Municipal. Em sua atuação como deputado, destacou-se com ideias pioneiras, como: Regulamentar o Trabalho Doméstico através de projeto de lei, visando conceder a essa categoria inclusive o aviso prévio de 30 dias; denunciou os perigos da poluição que já afetava a população do Rio de Janeiro, promovendo providência para combatê-la. Foi membro, a partir de 1882 das Comissões de Obras Públicas, Redação e Orçamento.

       Assim, em 1885 encerrou as suas atividades políticas, tendo atuado por 30 anos como político definiu a política certa vez em mensagem ao deputado Freitas Nobre: “A ciência de criar o bem de todos.” E outra missão o aguardava...



O Espiritismo
        Bezerra de Menezes conheceu a Doutrina Espírita quando foi lançado a tradução de O Livro dos Espíritos em português, no ano de 1875. Foi oferecido a Bezerra um exemplar da obra com dedicatória pelo tradutor, o também médico Dr. Joaquim Carlos Travassos, que se ocultou sob o pseudônimo de Fortúnio. Sobre o contato com a obra, Bezerra de Menezes  afirmou:
“ Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ‘Ora, Deus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas.’ Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para o meu espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no ‘O Livro dos Espíritos’. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: ‘Parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como diz vulgarmente , de nascença.’”   

        Contribuiu para a sua adesão o contato com as “curas extraordinárias” obtidas pelo médium João Gonçalves do Nascimento (1844-1916), em 1882.

        Nesta época o Espiritismo no Brasil buscava organizar-se: em 1876 surgiu a primeira sociedade espírita no Rio de Janeiro; em 1883, Augusto Elias da Silva, interessado na difusão dos ensinos espíritas, fundava a revista O Reformado, é o periódico mais antigo do Brasil, ainda em circulação. Elias da Silva consultava Bezerra sobre as melhores diretrizes a seguir em defesa dos ideais espíritas. Pois, o Espiritismo sofria perseguições e era combatido veementemente. A imprensa era fonte diária de críticas ferozes, os sermões eram cheios de insultos e insinuações contra o Espiritismo. E Bezerra aconselhava Elias da Silva a não seguir o caminho do ataque, de não combater o ódio com o ódio, mas antes combater o ódio com amor. E foi desta forma que Bezerra conduziu toda a sua vida e o seu trabalho, dentro e fora do Movimento Espírita Brasileiro. E passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários.

        Em 1º de janeiro de 1884 foi fundada a Federação Espírita Brasileira (FEB), que promoveria a doutrinação, a disciplina e o intercâmbio de experiências entre os diversos centros já existentes. Bezerra foi um dos primeiros a ser convidado para assumir a posição de presidente da organização, mas não aceitou por não se considerar capaz de tamanha responsabilidade. O primeiro presidente da FEB foi o Marechal Ewerton Quadros e a revista O Reformador tornou-se órgão oficial da FEB.

        Somente em 16 de agosto de 1886, aos 55 anos de idade, Bezerra de Menezes, perante grande publico, em torno de 1.500 a 2.000 pessoas, no salão de Conferência da Guarda Velha, em discurso, justificou a sua opção definitiva de abraçar os princípios da Consoladora Doutrina. O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo “O Paiz”, que era o jornal de maior circulação da época.

        Daí por diante Bezerra de Menezes foi catalisador de todo o movimento espírita
no Brasil. Com sua cultura privilegiada, aliada ao descortino de homem publico e ao inexcedível amor ao próximo.

        Em 1887, passou a escrever uma série chamada “Espiritismo – Estudo Filosóficos”, que era publicado aos domingos no jornal “O Paiz”, com o  pseudônimo de Max, no período de 23 de outubro de 1887 à dezembro de 1893.

       Em 1888, Bezerra perdeu dois filhos. Reagiu e continuou trabalhando.

       No ano seguinte, 1889, Dr. Bezerra tornou-se presidente da Federação Espírita Brasileira. Nesse período, iniciou o estudo sistemático de “O Livro dos Espíritos”, uma vez por semana, nas sextas feiras; passou a redigir O Reformador; exercendo ainda a tarefa de doutrinador de espíritos obsessores.       

       Inspirado principalmente por mensagem ditada mediunicamente pelo Espírito Allan Kardec em janeiro do mesmo ano, através do médium Frederico Júnior, em que Kardec lhe transmitiu a mensagem intitulada: “Instruções de Allan Kardec aos Espíritas do Brasil.” Em determinado ponto da mensagem Kardec perguntou: “Onde está a escola de médiuns?”, e isto ficou na mente de Bezerra. Na realidade ele não encontrou uma escola de médiuns em lugar algum. A solução foi fundar ele meso a escola de médiuns. Muitos foram contra a ideia, mas mesmo assim instalou a escola de médiuns na casa espírita chamada “Centro” (que ele mesmo fundara para promover o estudo do Evangelho e de O Livro dos Espíritos). Mas ninguém passou a frequentar a escola, mesmo chamando a todos, mas ninguém comparecia.

       Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional, em 14 de abril, no Rio de Janeiro. Com a presença de 34 delegações de instituições de diversos estados. Assumiu a presidência do Centro da União Espírita do Brasil, em 21 de abril. Já em 22 de dezembro de 1890, oficiou ao então presidente do Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal Brasileiro de 1890; em que a recém proclamada República vivia com receio de conspiração daqueles contrários ao novo regime e por isso o Código Civil impunha limites às associações das pessoas, dentre as quais as reuniões espíritas. Reuniões de qualquer natureza eram denunciadas à polícia sob suspeita de conspiração. Por isso O Reformador teve sua publicação suspensa; e casas espíritas chegaram a fechar.

        Dr. Bezerra, continuava escrevendo os artigos doutrinários no jornal “O Paiz”, ia ao “Centro Ismael”, e trabalhou em um romance chamado “Lázaro, o leproso”, publicado em 1892.

        De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gestão de Francisco de Menezes Dias da Cruz, época em que traduziu o livro “Obras Póstumas” de Allan Kardec, publicado em 1892.

       Em 1893, a situação ficou crítica. Dr. Bezerra estava desprovido de recursos materiais, falido, pois o que possuía sempre repartia com os mais necessitados. No mês de setembro, houve o fechamento de todas as sociedades, espíritas ou não. No Natal encerrou a redação dos artigos semanais  “Estudos Filosóficos” do jornal “O Paiz”.

       Em 1895, foi convidado a reassumir a presidência da FEB. Pediu auxilio à Espiritualidade para decidir se deveria aceitar o convite, e prometeu seguir o que lhe fosse indicado. E foi na sessão das sextas feiras do Grupo Ismael,que o Espírito Agostinho manifestou-se pelo médium Frederico Junior, e Agostinho instruiu que Bezerra tomasse o cargo da presidência e se pusesse como elemento conciliador capaz de unir e erguer os espíritas, prometendo auxiliá-lo em mais esta tarefa. Naquela mesma noite Bezerra de Menezes aceitou o cargo, permanecendo presidente até a data  de seu falecimento, em 1900. Nesta gestão iniciou o estudo semanal de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, fundou a primeira livraria espírita no Brasil, e ocorreu a vinculação ao Grupo Ismael e a assistência aos necessitados.  


Desencarne
       Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que sofreu um acidente vascular cerebral, que o deixou acamado, em janeiro de 1900. Durante três meses Bezerra de Menezes ficou sem poder falar ou se movimentar. Só os olhos se moviam. Houve verdadeira peregrinação à casa do médico dos pobres, no subúrbio modesto. Assim, como acontecia no seu consultório, pobres e ricos misturaram-se em sua casa para visitar o doente. Cada pessoa entrava uma a uma no quarto onde Bezerra ficava, sentava-se em uma cadeira, não falava nada, porque ele não poderia responder, ficava alguns minutos e saía comovida pelo olhar que Bezerra lhe dirigia. E as visitas seguiu-se dia e noite. 

       Bezerra de Menezes desencarnou em 11 de abril de 1900, às 11:30 horas da manhã, na Rua 24 de Maio. Tendo ao seu lado a dedicada companheira de tantos anos, Cândida Augusta. A cidade agitou-se com a noticia do seu desencarne, prestando-lhe homenagens. No dia seguinte, na primeira página do jornal “O Paiz”, foi lhe dedicado um longo necrológico, chamando-o de “Eminente Brasileiro”. Recebeu ainda homenagem da Câmara Municipal do então Distrito Federal pela conduta e pelos serviços dignos.

        Morreu pobre, embora seu consultório estivesse cheio de pacientes sem recursos financeiros para pagar consulta. Foi preciso constituir-se uma comissão para angariar donativos para a manutenção da família. A comissão fora presidida pelo jornalista e político Quintino Bocaiuva.

       Por ocasião do desencarne de Bezerra de Menezes, Leon Denis – um dos maiores discípulos de Kardec, assim se pronunciou sobre Bezerra: “Quando tais homens deixam de existir, enluta-se não somente o Brasil, mas os espíritas de todo o mundo.”

       Pela sua atuação destacada no movimento espírita do Brasil, Bezerra de Menezes foi considerado um modelo para os adeptos do Espiritismo. Com índole carinhosa, perseverança, disposição amorosa para superar os desafios, a sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, Bezerra de Menezes foi de extrema relevância para o movimento espírita do Brasil.

       Dr. Bezerra de Menezes continua, em espírito, a orientar a influenciar o movimento espírita. É patrono de centenas de instituições espíritas em todo o mundo. Também continua a prestar assistência espiritual e de saúde juntamente com sua equipe de benfeitores espirituais em varias casas espíritas, e intermediando a favor de muitos em hospitais e em suas casas.

       Por sua postura de medico caridoso, atendendo pessoas que necessitavam, mas não podiam pagar, ficou conhecido como “O médico dos pobres”. É relatado em suas biografias o episódio que bezerra doou o seu anel de formatura em medicina a uma mãe para que comprasse os medicamentos que seu filho precisava. E afirmou como um verdadeiro médico deve ser:

      “O médico verdadeiro é isto: não tem direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto... O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado e achar-se fatigado ou por ser alta à noite, mau o caminho e o tempo, ficar perto ou longe do morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante da medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura.” (Dr. Bezerra de Menezes)  



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

PASSANDO PELA TERRA



Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.

*** 

Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo. 

***

Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem. 

*** 

Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes. 

*** 

Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes. 

*** 

Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições. 

***

Levanta os caídos e ampara os que tropecem. 

***

Não te lamentes. 

*** 

Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores. 

*** 

Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência. 

*** 

Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal. 

***

Auxilia aos outros, quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício, tantas vezes quantas isso te for solicitado. 

*** 

Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior. 

***

Louva, agradece, abençoa e serve sempre. 

*** 

E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.

Pelo Espírito Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier.


Fonte: do Livro Calma.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

BEM VINDO 2018



Que este novo ciclo de tempo que inicia-se no Planeta Terra, seja abençoado pelo Nosso Criador...

que o ciclo de 2018 seja de bênçãos para a humanidade encarnada e desencarnada!
que possamos ter saúde para trabalhar e desenvolver nossas atividades;
que possamos sorrir muito;
que possamos desenvolver mais o amor e a caridade;
que possamos descobrir e vivenciar cada vez mais os ensinamentos de Jesus;
que possamos respeitar e dar mais valor a natureza;
que possamos ir em busca de mais aprendizados para os ofertar a nós mesmos e para compartilhar com todos que quiserem;

que possamos ter mais compreensão e tolerância para com o próximo;
que as dificuldades que possam aparecer, que sirvam para o nosso desenvolvimento espiritual;
que as pessoas que praticam a violência permitam-se serem tocadas pelo amor de Jesus e deem mais respeito a vida;
que possamos trabalhar cada vez mais para o bem, sermos fonte de amor, de luz, de caridade;
que possamos ter perseverança em nossos compromissos e trabalhos assumidos;
que possamos construir a paz interior para sermos pontos de luz no planeta Terra...
que possamos seguir nossas inspirações, realizar nossos objetivos, ser fiel a nossa consciência; que possamos fazer brilhar nosso caminho em 2018, plantar cada vez mais o amor e o bem...


que possamos praticar de acordo com nosso desenvolvimento e nível espiritual os ensinamentos de Mestre Jesus, cada vez mais!

        Desejo um saudável e feliz 2018! Agradeço por estarmos juntos, e que a humanidade possa ter um ano de paz e tranquilidade!

        Que 2018 seja iniciado e que permaneça sob a Luz do nosso Divino Mestre Jesus, com as bênçãos de Deus.

       BEM VINDO 2018 !!!!!!

Amor à todos!
Luz e boas vibrações!

Escrito pelo Jardim Espírita.