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domingo, 19 de outubro de 2014

Post.178: ESPÍRITOS ERRANTES, O QUE É?

Espíritos errantes são os espíritos desencarnados que ainda precisam reencarnar para se aperfeiçoar. Aguardando no plano espiritual uma nova oportunidade de encarnação, encontrando-se assim na erraticidade. A erraticidade é o intervalo que se encontra o espírito de uma encarnação para outra.
Já os espíritos puros que atingiram a perfeição não são errantes, pelo fato que não precisam mais reencarnar.



Algumas vezes o espírito reencarna imediatamente após a morte do corpo físico; porém, o mais frequência, é reencarnar depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é, quase sempre, imediata; a matéria nesses mundos superiores é menos grosseira, o espírito encarnado possui aí quase todas as suas faculdades de espírito; seu estado normal é comparado ao do sonâmbulo lúcido do nosso mundo material.

Todos os espíritos que devem reencarnar são espírito errantes, mas os espíritos puros, que alcançaram a perfeição, não são errantes: seu estado é definitivo.

A erraticidade não é um sinal de inferioridade nos espíritos, pois há espíritos errantes de todos os graus. Já dissemos que a encarnação é um estado transitório; no seu estado normal o espírito está liberto da matéria.

Como sabemos nos intervalos das encarnações o espírito está em estado errante esperando um novo destino. A duração desses intervalos podem durar algumas horas a alguns milhares de séculos. De resto, não há, propriamente falando, limite extremo assinalado para o estado errante, que pode prolongar-se por muito tempo, mas que, entretanto, não é jamais perpétuo. O espírito encontra sempre, cedo ou tarde, oportunidade de recomeçar uma existência que sirva à purificação das anteriores, ou seja, para corrigir seus erros com uma nova oportunidade no mundo material.

Essa duração na erraticidade é uma consequência do livre-arbítrio. Os espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Outros pedem para que ela seja prolongada, a fim de continuarem estudos que não podem ser feitos com proveito, senão no estado de espírito.  A instrução dos espíritos errantes se dar por meio de estudos do seu passado e procurando os meios para se elevarem. Veem, observam o que passa nos lugares que percorrem; ouvem as palavras dos homens mais esclarecidos e os avisos dos espíritos mais elevados, e isso lhes dá ideias que não tinham. O espírito no estado errante pode melhorar-se muito, sempre segundo a sua vontade e o seu desejo; mas é na existência corporal que ele põe em prática as novas ideias que adquiriu.

Os espíritos errantes inferiores conservam algumas das paixões humanas. Os espíritos deixando a Terra não deixam nela todas as suas más paixões. Tens nesse mundo pessoas que são excessivamente invejosas; acreditas que, mal deixem o mundo material, perdem os seus defeitos? Não. Depois de sua partida da Terra, sobretudo para aqueles que tem paixões bem acentuadas, resta uma espécie de atmosfera que os envolve e conserva todas as suas coisas más, porque o espírito não está inteiramente desprendido; só por momentos vê a verdade, como para lhe mostrar o bom caminho. Já os espíritos elevados, perdendo seu envoltório físico, deixam as más paixões e só guardam as do bem.

A felicidade ou infelicidade dos espíritos errantes está de acordo com seus méritos. Sofrem as paixões cuja essência conservaram, ou são felizes segundo eles sejam mais ou menos desmaterializados. No estado errante, o espírito entrevê o que lhe falta para ser mais feliz e procura os meios para alcançar a felicidade; mas não lhe é sempre permitido reencarnar-se como seria do seu agrado, e isso, então, lhe é uma punição.

Quando o espírito deixa o corpo, ele não está, por isso, completamente liberto da matéria e pertence ainda ao mundo onde viveu ou a um mundo do mesmo grau,a menos que durante a sua vida, ele se tenha elevado; e deve ser esse seu objetivo a elevação pois, caso contrário, não se aperfeiçoará jamais. Ele pode, entretanto, ir a certos mundo superiores, mas, nesse caso, aí é como um estranho; não faz, por assim dizer, mais do que os entrever, e é isso que lhe dá o desejo de se melhorar, para ser digno da felicidade que nesses mundos se desfruta e poder habitá-los mais tarde.  Já os espíritos puros vão frequentemente a mundo inferiores para ajudar o seu progresso; sem essa ajuda os mundo inferiores estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los.


Fonte: O Livros dos Espíritos


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