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domingo, 29 de junho de 2014

Paz Interior

Reserva-te o direito de permanecer indiferente às provocações de qualquer natureza.
Numa época de insensatez como esta, o mal anda em liberdade, seduzindo os incautos.
Aqui, é a ira dos outros que te agride.
Ali, está o sexo sem freio que te sensibiliza.
Acolá, eis a ambição que te desperta o interesse.
Próximo se encontra o vício, enredando vítimas.
Em torno de ti, a diversão perturbadora campeia.
Por toda parte, a vitória do crime e da dissolução dos costumes multiplica os seus tentáculos qual polvo cruel e dominador.
Olha essas facilidades como sendo a estrada de espinhos venenosos que a grama verde e agradável esconde no chão, e não te permitas pôr-lhe os pés, evitando-te os acidentes de efeitos danosos.


Joanna de Ângelis

Livro Vida Feliz – Psicografia de Divaldo P. Franco.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

PRECE PARA OBSIDIADO

 (Prece para ser feita pelo obsidiado)

Meu Deus, permite que os bons Espíritos me livrem do Espírito malfazejo que se ligou a mim. Se é uma vingança que toma dos agravos que eu lhe haja feito outrora, tu a consentes, meu Deus, para minha punição e eu sofro a consequência da minha falta. Que o meu arrependimento me granjeie o teu perdão e a minha liberdade! Mas, seja qual for o motivo, imploro para o meu perseguidor a tua misericórdia. Digna-te de lhe mostrar o caminho do progresso, que o desviará do pensamento de praticar o mal. Possa eu, de meu lado, retribuindo-lhe com o bem o mal, induzi-lo a melhores sentimentos.
Mas, também sei, ó meu Deus, que são as minhas imperfeições que me tornam passível das influências dos Espíritos imperfeitos. Dá-me a luz de que necessito para as reconhecer; combate, sobretudo, em mim o orgulho que me cega com relação aos meus defeitos.
Qual não será a minha indignidade, pois que um ser malfazejo me pode subjugar! Faze, ó meu Deus, que me sirva de lição para o futuro este golpe desferido na minha vaidade; que ele fortifique a resolução que tomo de me depurar pela prática do bem, da caridade e da humildade, a fim de opor, daqui por diante, uma barreira às más influências.
Senhor, dá-me forças para suportar com paciência e resignação esta prova. Compreendo que, como todas as outras, há de ela concorrer para o meu adiantamento, se eu não lhe estragar o fruto com os meus queixumes, pois me proporciona ensejo de mostrar a minha submissão e de exercitar minha caridade para com um irmão infeliz, perdoando- lhe o mal que me fez.


Fonte: Coletânea de Preces Espíritas – Allan Kardec


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Post.154: DESOBSESSÃO


O tratamento de desobsessão é destinado tanto para o obsessor quanto para o obsediado. E se reveste de várias atividades que tem por finalidade o reajustamento dos participantes.

Para saber se o indivíduo está passando por um processo obsessivo, este deve ir a uma casa espírita e procurar o atendimento fraterno. Se estiver sofrendo de obsessão é iniciado um tratamento para desobsessão, em que:  

O trabalho de desobsessão:
Com o espírito obsessor é feito o trabalho de assegurar a sua libertação em que os espíritos obsessores são conduzidos às sessões de desobsessão nos centros espíritas, pela espiritualidade amiga, para ter dialogo e orientações fraternas. É no trabalho de desobsessão em que se tem a oportunidade de caridosamente e com energia, fazer-se a tentativa do despertamento do obsessor para a lei de amor e de perdão. Pois, para assegurar a libertação da vítima, é indispensável se torne que o espírito inferior seja levado a renunciar aos seus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim com o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, nisto este trabalho de desobsessão feito nas casas espíritas tem o objetivo de dar-lhe educação moral.
Quando o obsediado compreende a sua situação e concorre com sua vontade e preces, para sua libertação, o trabalho se torna menos difícil.
É importante ir a um centro espírita bem orientado, pois para realizar o trabalho de desobsessão é necessário ter médiuns capacitados, harmonizados, conhecedores da Doutrina  e de boa condição moral. 

O tratamento espiritual do obsediado é feito com:  
- passes: em que é eliminado fluidos maléficos por meio de fluidos bons transmitidos para o obsidiado no momento do passe.
- uso de água fluidificada.
- Doutrinação, evangelização do obsidiado através de palestras, aulas, exposições evangélicas e o clima fraterno, que o faz buscar,através dos exemplos vivos sua renovação espiritual. O inspirando em busca da sua reforma interior.

No entanto, a participação do obsediado não para por aí, lhe cabendo a maior responsabilidade em busca de se libertar e de libertar o obsessor. Nisto a participação do obsediado é fundamental, pois depende do obsediado o  sucesso ou insucesso em alcançar a libertação, a cura.  As condições de ajuda e auto-ajuda no tratamento desobsessivo, são:

- O valor da prece:
“Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar para agir contra o espírito obsessor.” (Gênese – cap.XIV-46)
A prece tem que vim do sentimento mais puro. Todos nós temos essa capacidade de nos conectarmos com nosso interior, e assim entrar em sintonia com o Alto.
O apóstolo Tiago, aconselha: “Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece da alma, justa muito poder pode em seus feitos.”

- A necessidade da reforma interior:
A reforma interior é condição essencial para a cura tanto do algoz quanto da vitima.
“(...) É, pois, indispensável que o obsediado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus espíritos.” (O Livro dos Espiritos, q.479)
Um mal que existe a muitos anos, até mesmo a séculos, não se resolve de súbito.
A transformação moral é luz que se acende, é o chamado que repercute, é o romper dos primeiros elos que se ligam ao jugo das servidões inferiores.
Hábitos de ódio, de revolta, de vingança, atitudes egoísticas e cruéis, sentimentos que foram cultivados ás vezes, durante séculos, somente se transformarão no momentos em que, cansados de sofrer, de se machucar dos espinhos do caminho, forem os irmãos conquistados pelas forças suaves e persuasivas do bem e do amor.
É de extrema importância realizar a reforma interior, a mudança de seus pensamentos e de suas atitudes para com o próximo e consigo mesmo.

- A ação do pensamento:
A obsessão escraviza o pensamento, e a desobsessão liberta o pensamento. Pois, a qualidade do pensamento é que determina as companhias espirituais. Podemos dizer: “Dizes-me o que pensas e te direi com quem andas...”
Melhorar a qualidade do pensamento nos leva para rumos nobres e construtivos, ocorrendo uma mudança no padrão vibratório, sob o influxo da mente, que optou pela frequencia mais elevada. Mudar o pensamento é uma questão de escolha. De começar a selecionar os pensamentos. E só chega-se a tal estado de transformação por meio da vontade.
Assim, é necessário que o obsediado vigie seus pensamentos, pois são os pensamentos que formam o elo entre os dois. Caso o obsediado não consiga desviar estes pensamentos negativos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando orações decoradas) e/ou fazer leituras edificantes.
Lembrando sempre o perfeito ensinamento de Cristo:”Vigiai e Orai.”

- O poder da vontade:
Até hoje o ser humano não se preocupou o suficiente, ou não despertou para a incrível força que traz no intimo da alma que é a vontade. Pois, a vontade é um auto estimulo para a própria participação no tratamentos, sendo este um fator essencial.
É deixar a vontade falar mais alto, pois desconhecemos nossa capacidade, muitas vezes pensamos que não somos capazes de ultrapassar, de vencer obstáculos, no entanto, carregamos uma capacidade que desconhecemos. Pode haver momentos em que desanimais, mas levanta-te e retoma o caminho.


Outro ponto fundamental é a pratica do Evangelho no Lar, Joanna de Ângelis na sua obra “Messe de Amor” nos faz o nobre convite: “Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa. (...) Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. (...) Jesus no lar é vida para o lar.”
A excelência da pratica do Culto do Evangelho no Lar é sentida desde os primeiros momentos em que é inaugurada. O bom é fazer o Evangelho no Lar com a família, no entanto se não for possível realize-o sozinho. Analisar, refletir e comentar os ensinamentos de Jesus, são elementos altamente terapêuticos favorecendo a psicosfera do lar. A oração amplia os horizontes mentais e eleva a alma na direção do bem. O clima criado nos instantes do Culto do Evangelho favorece o entendimento e a fraternidade, e nos coloca em posição mental receptiva ao amparo dos Benfeitores Espirituais. 

         No final do tratamento os obsessores se tornam gratos pela ajuda que tiveram, e tornam-se grandes amigos, ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado. Portanto, é muito importante que o obsessor não seja tratado como um inimigo, mas sim como um irmão que necessita de auxílio.

        O Espiritismo é muito mais que a chave para a solução dos problemas espirituais imediatos, mas, e principalmente, é roteiro de luz para a vida inteira. 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

SINTOMAS DA OBSESSÃO

Quando um obsessor passa a ocupar o campo mental de um indivíduo, esse indivíduo passa a vivenciar algumas alterações nos seus pensamentos, que irão alterar as suas atitudes e comportamentos. Isto se dando de uma maneira que o obsediado nem percebe na maioria das vezes. Comumente, essa influência passa a atingir algumas pessoas do seu ciclo de convívio, que são usadas pelo obsessor para desestabilizar o obsediado.

Através de observação de algumas situações, se pode perceber um caso de obsessão.

Os sintomas citados abaixo podem ser indicadores de obsessão já desenvolvida ou se desenvolvendo. Se permanecerem constantes em uma pessoa, pode-se suspeitar com grande margem de acerto que tal indivíduo esteja sofrendo de obsessão. São eles:

- Depressão, angústia e tristeza.
- Pesadelos constantes.
- Irritabilidade.
- Tendência ou práticas viciosas.
- Práticas mundanas e deixar-se dominar por paixões.
- Agressividade além do normal.
- Abandonar a vida familiar e/ou social.
- Ouvir ruídos estranhos e/ou vozes.
- Visão frequente e/ou ver vultos.
- Manias e tiques nervosos (cacoetes).
- idéias suicidas.
- Dizer mentiras.
- Demonstrar atos de ostentação.
- Gastar acima do que deve e pode.
- Sucessão de dificuldades financeiras.
- Tendência para dar risadas sem motivo ou a pretexto de coisas fúteis, como fazer gracinhas tolas.
- Chorar facilmente, sem razão, e por coisas sem valor.
- Comer exageradamente, ou não querer comer a ponto de cair doente (anorexia).
- Estar sempre com sono.
- Sentir prazer na ociosidade.
- Repetir idéias fixas e o mesmo dito.
- Afligir persistentemente o próximo.
- Usar palavrões.
- Demonstrar fanatismo.
- Gesticular e falar sozinho (no sentido de está escutando alguém, como se alguém estivesse falando ao ouvido).
- Ter manias de doenças.
- Descuidar-se das obrigações no lar e no trabalho.
- Viver num mundo distante, sonhadoramente.
- Provocar e alimentar discussões.
- Ataques de explosão emocional.
- Sentir calafrios, sem ter nenhuma causa física.
- Pensamentos recorrentes de fracasso.
- Afastar-se das pessoas que podem prestar algum auxilio e esclarecer a situação que está passando.

É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA RESSALTAR QUE: UMA PESSOA, VEZ POR OUTRA, PODE TER UM PESADELO, ENTRAR NUM ESTADO DE TRISTEZA OU SENTIR QUALQUER DOS SINTOMAS CITADOS ACIMA, SEM QUE ESTEJA SENDO VITIMA DE OBSESSÃO. O que caracteriza a obsessão é a insistência desses estados mórbidos em incomodar a pessoa desajustada. Ou seja, para ficar bem claro que, É A PERMANÊNCIA, A INSISTÊNCIA DESSES SINTOMAS QUE CARACTERIZA UMA OBSESSÃO.


Em relação aos sintomas, pode-se afirmar que nas simples influências espirituais, as entidades envolvidas normalmente são espíritos sofredores ou ignorantes, que podem ser afastados facilmente do campo psíquico do paciente através de preces, passes e evangelização. Nas obsessões provocadas por espíritos maus é diferente. Os sintomas apresentam-se com tendências agravantes e doentias.  Observa-se uma insistência da entidade em agredir o obsediado ou interferir na sua mente, afetando a normalidade.

Quando a pessoa está obsediada, tem a percepção de alguns fenômenos mediúnicos, motivados pela presença do obsessor. Isso não significa que a pessoa tem a mediunidade desenvolvida, mas indica que está havendo uma perturbação no campo espiritual da pessoa.

Os sintomas citados acima não são todos os sintomas possíveis que indicam um quadro de obsessão, podendo haver mais sintomas, entretanto, a presença de um ou mais dos que relacionamos aqui e que persistem, devem servir de alerta para que se procure ajuda espiritual em uma casa espírita kardecista bem orientada, para passar pelo atendimento fraterno e se preciso iniciar um tratamento de desobsessão espiritual.



Fontes: espírito.org.br
            Blog do Ylen
            Lar da caridade
            Rádio boa nova 

domingo, 15 de junho de 2014

Post. 152: FATORES PREDISPONENTES NA OBSESSÃO

         1. Tendências instintivas
- São observadas desde a infância:
De onde vem essa perversidade precoce, senão da inferioridade do espírito, uma vez que a educação não contribuiu para isso?
As que se revelam  viciosas, é porque seu espírito progrediu menos e, então, sofrem as consequências, não por seus atos de crianças, mas por aqueles de suas existências anteriores. É assim que a lei é a mesma para todos e a justiça de Deus alcança todo mundo.
O Livro dos Espíritos, q.199-a


2. Lesões perispirituais
- Alterações da atividade mental.
- Dessensibilização de pontos específicos do perispírito, seguida de lesões que refletem no corpo físico: mal-formação congênita, distúrbios hormonais, etc.
- “A alma ressurge no equipamento físico transportando consigo as próprias falhas a se refletirem na veste carnal, como zonas favoráveis à eclosão de determinadas moléstias.” André Luiz – Ação e Reação, cap.19, pag. 260


3. Imperfeições morais
- Comportamentos contrários à Lei de Deus.
- O egoísmo, dele deriva todo o mal. (O Livro Espíritos, q. 913)
- O egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que aproximam o indivíduos da natureza animal, prendendo-o à matéria.
- Transgride a Lei de Deus aquele que abusa da força e do poder para oprimir o seu semelhante.


4. Estrutura psicológica da pessoa
- Pessoas que revelam imaturidade da personalidade.
- Indivíduos portadores de neuroses e psicoses, fobias.
- Criaturas reprimidas, complexas, inseguras.
- Personalidades autoritárias, egoístas, vaidosas, mentirosas, submissas,etc.


5. Educação familiar
- A questão 208 do O Livro dos Espíritos diz:
Os espíritos dos pais não exercem influência sobre o do filho, depois do nascimento?
Uma influência muito grande; como dissemos, os espíritos devem concorrer para o progresso uns dos outros. Muito bem! Os espíritos dos pais tem por missão desenvolver os dos seus filhos pela educação; é para eles uma tarefa: se falharem, serão culpados.

-  “A educação, se bem entendida, é a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, consegui-se-à corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação.”
O Livro dos Espíritos, q. 917- comentário.


6.Influência do meio social
- A questão 645 do O Livro dos Espíritos diz:
Quando o homem  está, de alguma forma, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se torna para ele um arrastamento quase irresistível?
Arrastamento, sim; irresistível, não, porque no meio dessa atmosfera de vício, encontras, algumas vezes, grandes virtudes. Esses são espíritos que tiveram força para resistir e que tiveram, ao mesmo tempo, a missão de exercer uma boa influência sobre seus semelhantes.

- Adolescência: é a idade que o espírito está mais sujeito às influências, em razão das alterações hormonais no veículo somático e das mudanças no caráter. Nesse período (...), o espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era. (...) Conservam-se bons, se era fundamentalmente bons.
O Livro dos Espíritos, q.385



Fonte: Federação Espírita brasileira    

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Post.151: GRAUS DA OBSESSÃO

            A obsessão apresenta caracteres diversos que é necessário distinguir, e que resultam do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. A palavra obsessão é de alguma sorte um termo genérico pelo qual se designa esse gênero de fenômeno, cujas principais variedades são a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.


Obsessão simples:
Neste grau de obsessão, acontece ação inconveniente e desagradável, em que um espírito se agarra ao indivíduo com persistência, causando mal-estar generalizado. É um espírito ignorante, tentando perturbar o indivíduo, não se disfarçando, não tentando enganar.  Mas, o indivíduo obsediado tendo perseverança nos bons propósitos pode se libertar facilmente dessa influência nociva, pois o espírito obsessor se dá conta que perde o seu tempo, porque a pessoa não atende as suas sugestões e vai embora.  
No momento do sono, os encarnados sob obsessão simples pode se encontrar espiritualmente  com o obsessor e  receber  mais ampla carga de necessidade falsas.  Quando despertam, trazem a mente atormentada, lenta, sob incomodo cansaço físico e psíquico, encontrando dificuldade para fixar os compromissos e lições edificantes da vida.
Surgem, como efeito natural, as síndromes da inquietação: as desconfianças, os estados de insegurança pessoal, as enfermidades de pequeno valor, os insucessos em torno do obsidiado que soma as angustias dando campo a incertezas, a mais ampla perturbação interior.
Se pode incluir nesta categoria os casos de obsessão física, isto é, a que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de alguns espíritos, que fazem escutar espontaneamente pancadas ou outros ruídos.


Fascinação:
É uma ilusão produzida diretamente na mente do obsidiado (idéias fixas, imagens hipnotizante, mágoas, fantasias, etc.) nessa situação, o obsessor é ardiloso e hipócrita, simulando falsa virtude.
O espírito produz uma ilusão na pessoa. É uma fixação ideológica. A pessoa se acha muito importante. Se é médium ostensivo, o obsidiado se acredita portador de uma missão especial, tendo como tarefa de receber comunicações de espíritos famosos, superiores. Se acredita infalível. Se alguém fala alguma coisa, que vai de encontro a ele, se alguém o chama a atenção para qualquer equívoco, ele se melindra, e se afasta de todo aquele que tenta corrigi-lo. Se isola, influenciado por esse espírito fascinador.
A entidade espiritual é ardilosa, utiliza de mecanismo muito inteligentes, se disfarça com máscaras para ser bem recebida. Pode ter uma postura hipócrita. Usa palavras como caridade, humildade, benevolência, sem o menor constrangimento. No entanto, um observador atento consegue detectar que esse espírito deixa os seus sinais de inferioridade. Portanto, não pode se tratar de uma entidade superior.


Subjugação:
Antes da Doutrina Espírita ser codificada era comum usar o termo possessão para este tipo de obsessão. No entanto, Allan Kardec preferiu não usar esse termo, porque um espírito não toma posse do outro. O que existe é uma influência perispiritual (perispírito do desencarnado ligado ao perispírito do encarnado).
A subjugação se caracteriza pela paralisia da vontade do obsidiado. Podendo levar a pessoa à atitudes estranhas socialmente.
As consequências da fascinação são muito graves, o espírito obsessor forma ilusão e conduz o obsidiado dominado como faria a um cego.
A subjugação pode ser moral ou corporal. Na subjugação moral, o subjugado é solicitado a tomar decisões frequentemente absurdas e espécies de ilusão, crê sensatas: é uma espécie de fascinação. Na subjugação corporal, o espírito age sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. A subjugação corporal vai às vezes mais longe; pode impelir aos atos mais ridículos.  



Fontes : O Livro dos Médiuns
             Site: Associação Espírita de Caridade André Luiz
             Site: Espiritismo.net

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Post.150: TIPOS DE OBSESSÃO

          Há vários tipos de obsessão, e que nem sempre é possível estabelecer uma divisão. Mas, o que ocorre frequentemente são:


Obsessão de encarnado para encarnado:
Há um grande número de pessoas obsidiando pessoas. A característica deste tipo de obsessão é o domínio que o obsessor exerce sobre a vitima, neste domínio esta o ciúme, a inveja, a paixão dominadora, o desejo do poder, o ódio, o orgulho, sendo exercidos muitas vezes de uma maneira sutil que o dominado se julga amado e protegido.
Esse tipo de obsessão acontece por aquele jeito de “amar” que é possessivo, que é tirânico, que sufoca o outro. Isto podendo acontecer em todos tipos de relação em que um impede o outro a liberdade, ou escravizando ou tentando governar o outro, que um influencia negativamente o outro, mudando o modo de pensar, exercendo vontade forte e domínio.

Obsessão de desencarnado para desencarnado:
Neste tipo são desencarnados que dominam outros desencarnados. São espíritos inferiores com dividas e compromisso entre si, se juntam por associações tenebrosas, com idêntico padrão vibratório, se aglomeram em certas regiões, por causa da sintonia e da lei de atração, formando bandos indisciplinados que erram sem destino  ou fixam-se temporariamente em cidades, colônias, núcleos, enfim, de sombras e trevas. Tais núcleos tem dirigentes, que se proclamam juízes, julgadores, para incriminar os espíritos igualmente culpados, devotados ao mal, ou endurecidos pela revolta e pala descrença.   

Obsessão de encarnado para desencarnado:
Sentimentos egoístas e de possessão, por parte dos que estão vivendo no mundo físico, resultam em fixação mental naqueles que desencarnaram,  retendo às lembranças terrestres. Os pensamentos constantes de dor, de revolta, de remorso, de desequilíbrio... São emissões mentais constantes ao recém desencarnados, ou ao desencarnado, que é emanado para eles que estão vivendo a vida espiritual, isto não permite a eles alcançar o equilíbrio de que precisam para enfrentar a nova situação.
A inconformação e o desespero, vindos do desencarne de um ente querido, podem transformar-se em obsessão que aflinge e atormenta o desencarnado. A inconformação pelo retorno ao plano espiritual de um ente querido, a saudade inconsolável ou a tristeza profunda após os funerais são outros fatores de fixação, capazes de manter prisioneiro o desencarnado.
As disputas por herança que frequentemente geram brigas e desentendimentos entre os herdeiros, pode atrair o espírito desencarnado, diretamente relacionado com o problema, o aflingindo de tal forma que não consegue se desligar dos familiares.
O processo é o mesmo quando a pessoa sente ódio, revolta, raiva, rancor... de um desencarnado.

Obsessão de desencarnado para encarnado:
Este é o tipo mais conhecido, se caracteriza pelo domínio de um desencarnado sobre uma pessoa que vive no plano físico. São varias causas que levam a este tipo de obsessão, algumas delas são: amor exagerado, ódios irreprimíveis, dominação tirânica, fanatismo, avareza incontrolável, ciúmes doentio, abuso do direito como o da força, má distribuições de valores e recursos financeiros, aquisição indigna de posse material, paixões políticas e guerreiras, ganância em relação aos bens materiais, o orgulho e a vaidade, o egoísmo nas suas múltiplas facetas são as fontes que  geram e que conduz os homens a loucura, as enfermidades, as síndromes desconhecidas e perturbantes do suicídio direto ou indireto.

Obsessão recíproca:
Assim como as almas afins e voltadas para o bem cultivam a convivência amiga e fraterna, as criaturas se procuram para locupletar-se das vibrações que permutam e nas quais se comprazem. Essa característica de reciprocidade transforma-se em verdadeira simbiose, quando dois seres passam a viver em regime de comunhão de pensamentos e vibrações. Isto ocorre até mesmo entre os encarnados que se unem através do amor desequilibrado, mantendo um relacionamento a força, enfraquecido. São paixões avassaladoras que tornam os seres totalmente cegos a quaisquer outros acontecimentos e interesses, fechando-se ambos num egoísmo a dois, altamente perturbador. Esses relacionamentos, via de regra terminam em tragédias se um dos parceiros modificar o seu comportamento em relação ao outro.

Auto-obsessão:
Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do espírito do próprio indivíduo. O homem, não raramente é obsessor de si mesmo. É incalculável o numero de pessoas que comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males – para os quais não existe medicamentos eficazes – e que são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de moléstias fantasmas. Vivem voltadas para si mesmas, preocupando-se em excesso com a própria saúde, descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências do dia a dia, sofrendo por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com ciúmes, inveja, egoísmo, orgulho, despotismo e transformando-se em doentes imaginários, vitimas de si próprios, atormentados por si mesmos.   



Fonte: Associação Espírita de Caridade André Luiz 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Post. 149: OBSESSÃO

A obsessão é a ação persiste que um mau espírito exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, desde a simples influência moral, sem sinais exteriores sensíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.

A obsessão ocorre porque os maus espíritos estão  ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral das pessoas. A ação malfazeja desses espíritos inferiores faz parte dos flagelos dos quais a humanidade é o alvo neste mundo. A obsessão, como as doenças, e todas as tribulações da vida, deve, pois, ser considerada como uma prova ou uma expiação, e aceita como tal.

Sendo quase sempre o resultado de uma vingança exercida por um espírito, e que, o mais frequentemente, tem sua origem nas relações que o obsidiado teve com ele em uma vida passada.

São vários fatores que contribuem para a obsessão, como o desejo que se tem em fazer os outros sofrerem, ou as vezes tentar influenciar pessoas honestas e bondosas, pois os espíritos obsessores odeiam e invejam o bem; o individuo de bem, pode até se sentir influenciado por esses espíritos, sem necessariamente estar obsidiado, no entanto, se ele se deixa levar pela influência, se ele cai nas tentações que esses espíritos provocam pode tombar na obsessão. E há casos em que os espíritos se vinculam a certas pessoas, por terem as mesmas preferências, os mesmos gostos, ou seja, afinidade de pensamento; é o caso dos fumantes, alcoólatras, drogados, levianos. E também por motivo de vingança, referentes a vidas passadas ou a presente, em que agora uma das partes quer vingança.


Da mesma forma que as doenças são o resultado de imperfeições físicas que tornam o corpo acessível as influências nocivas exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral que o expõe a um mau espírito. Para  uma causa física é preciso usar uma força física: a uma causa moral, é preciso usar uma causa moral, ou seja, para se preservar  e tratar das doenças, fortifica-se e cuida-se do corpo físico; para superar  a obsessão, é preciso fortalecer a alma; daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar pela sua própria melhoria.  

Os espíritos sempre estão ao nosso redor, e os espíritos obsessores se interessam por aqueles que estão na sua sintonia, e tem conhecimento dos pensamentos mais secretos, e até mesmo  daqueles pensamentos dos quais os indivíduos oculta de si mesmo.  Assim, os  espíritos exercem influência forte sobre o pensamento dos indivíduos, que até muitas vezes chegam a dirigi-los. Os pensamentos chegam a se misturar com o pensamento dos espíritos,causando incerteza, pois  são duas idéias a se combaterem.

A influência ocorre também durante o sono,  que é quando o espírito do encarnado está em parcial emancipação do corpo, assim os obsessores conversam e interagem,  a vontade com os espíritos dos encarnados.


A obsessão não ocorre senão pelos espíritos inferiores que procuram dominar, dão ordens e querem ser obedecidos. Os bons espíritos não impõem nenhum constrangimento; eles aconselham, combatem a influência dos maus, e se não são escutados, se retiram, para ajudar a outros que queiram a sua ajuda e que vão escutar os seus conselhos. Os maus espíritos, ao contrário, se agarram aqueles sobre os quais fazem suas presas; se chegam a imperar sobre alguém, se identificam com seu próprio espírito e o conduzem como uma verdadeira criança, assim resulta que a impressão que os maus espíritos produzem é sempre penosa, fatigante e muitas vezes desagradáveis. 

Algumas medidas preventivas da obsessão:
- É fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal.  Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.  (O Livro dos Espíritos, Intr. 6)
- Prática do amor, “que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes”. (Emmanuel, Pensamento e vida/4)  
- Cultivar bons pensamentos e atitudes

       E todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar para agir contra o espírito obsessor.